Engolirei toda sua dor Esforçarei-me, o vômito, a conter Enquanto degusto do seu sofrimento O sabor odioso, repugnante e nojento Da aflição que persistia a todo momento Despoluirei a angústia de ti, meu amor.
Esculpirei todos seus pesares Em borboletas pávidas de madeira Que carregarão, à sua tortuosa maneira Toda melancolia e persistente canseira E morrerão, assim, nas sinuosas correntezas Dos rios de lágrimas doces que chorastes.
Verei florir de sua imaculada graciosidade Margaridas trajadas de fascinantes rosas Com sua gentil fragrância de infância A qual sempre teve tanta importância As borboletas, por sua vez, ignorando as circunstâncias Voam remotas distâncias, trazendo nossa felicidade de volta.