Queria eu estar lá naquela meia-noite sombria, enquanto cansada e fraca chorava as suas agonias, Enquanto lamuriavas e tentavas esquecer pelo que tivestes de passar, seria eu o som a te incomodar. Queria eu ser a visita que relutantemente batia ali, em seus umbrais. Naquele frio de setembro, onde só podiam ser escutados vendavais e nada mais. Queria eu ser o grande corvo a dizer “Nunca mais”. Queria eu dizer que nunca mais lhe faria sofrer Queria eu ser o corvo plácido, ali, parado. Queria eu ser o majestoso corvo tão admirado. Queria eu ser o grande corvo a te dizer “Nunca mais”. Enquanto você traga a nicotina maculada de seu cigarro… Queria, mais uma vez, Dizer que nunca mais lhe faria correr, que nunca mais lhe faria sofrer. Queria eu ser o corvo a te proteger. Queria sobrevoar e tragar da sua fumaça ardente… Nada mais.