A peça fundamental de um palhaço é fazer com que os espectadores circenses riam e se entretenham… Sinto que também é meu dever, não “entreter” aos espectadores do circo, mas fazer com que todos riam, ao menos, sorriam. Por que não fazê-los rir de mim? Como um bufão, eu poderia fazer com que todos se alegrassem… Exceto por mim. Mas, é um sacrifício recompensador. Meu motivo para continuar vivo é justamente fazer que ao menos uma pessoa se sinta genuinamente feliz. Prefiro fechar meus olhos e caminhar em direção ao abismo, até que, por ironia do supremo e magnânimo destino, eu despenque. Como um tolo, tolero tudo o que é de ruim e admiro todos pequenos gestos de humanidade que recebo. Eu amo, e amo de verdade. O amor, em si, não existe. Mas, tendo consciência disso, pode criar o amor como um conceito pessoal e singular, eu sei o que é amor, pois eu sinto o amor. É importante entender que todos amamos de formas diferentes, entender que todos temos razões diferentes para continuarmos vivos. O tolo deve tentar ser sábio. O sábio deve tentar ser tolo.